Travessa do Tranco ~ In Memoriam
Expressed before
segunda-feira, 7 de maio de 2012 09:27 | 3 Comentários

Todos permaneciam em silencio, era assim que os ali reunidos se postavam diante do lorde das trevas, por medo talvez, ou respeito, ou um pouco dos dois. A voz oscilante de Voldemort ecoava pelo enorme salão dos Malfoy naquela noite, reuniões assim aconteciam freqüentemente agora, e a mansão sonserina fora escolhida como quartel general dos comensais da Morte. Snape outrora informando-os sobre o que acontecia dentro da Ordem agora permanecia calado como os outros.

-É inaceitável que dois Aurores, membros da ordem da fênix, tenham sumido debaixo do seu nariz, Severo - Questionava Voldemort sentado na ponta da mesa onde estavam reunidos - Agora me diga como posso me assegurar de que não serei atrapalhado por Dumbledore ou por algum dos seus infelizes seguidores, me diga como prosseguir com meus planos sabendo que algo esta acontecendo longe do meu conhecimento?

-Tenho certeza que com o início do Ano letivo em Hogwarts terei mais notícias sobre o que de fato esteja acontecendo, milorde.
-NÃO POSSO ESPERAR PELO ANO LETIVO, SEVERO.
-Mas esse me parece ser o único modo, meu senhor, já foi constatado que não há movimentação na casa em Londres, e Edward não está mais cumprindo com seus deveres no prédio do Ministério. Creio eu que, como de costume, tanto ele quanto a esposa levem os filhos até a plataforma para o embarque no expresso.
-Você já foi mais astuto, Severo – Disse por fim se virando para um outro comensal que estava sentado a direita da mesa – Augusto, nos conte o que você viu na semana passada.

Augusto Rookwood fora um dos espiões dentro do Ministério na primeira acessão do Lorde das Trevas, fugira de Azkaban no ano anterior, acompanhado de diversos outros comensais.

-Bom, Fui até a residência dos Creevel uma noite e constatei que seus filhos ainda residem a casa com o mordomo. Como Snape disse não há sinais de nenhum dos Aurores, mas a casa não está abandonada. O que significa, imagino eu, que tanto Edward quando a esposa não devam estar muito longe.
-Você chegou a ir realmente a Londres, Severo? - Agora Voldemort se dirigia ao professor com um sorriso irônico, desafiando a resposta do mago.
-È claro, milorde, mas não me lembro de ter visto movimentação na casa. – respondeu Snape - E mesmo que esteja errado não vejo por que se prender a esse detalhe, certamente as crianças não devem saber o que está acontecendo.
-Quantos filhos tem o casal? Perguntou Voldemort ignorando a justificativa do bruxo.
-Dois... Dois Filhos, Sangue-Puro os dois – Respondeu Snape.
-Corvinais pelo que Draco me contou – Acrescentou Lúcio Malfoy.
-Hum... Bellatrix! Vá até Londres, dê um susto nessas crianças e tente descobrir o paradeiro dos seus pais.
-Terei um grande prazer em fazê-lo, mestre. – A voz esganiçada de Bellatrix.

...

O sol já estava bem alto, mas Johnny não teve animo para descer, provavelmente Claus já teria retirado a mesa, afinal ele dera o sinal para o café da manhã á algum tempo. Ficar em casa deixara o garoto entediado e ele já não via a hora de iniciar o ano letivo na escola de magia e bruxaria de Hogwarts.
Deitado na cama, ainda de pijama, Johnny imaginava o que estariam fazendo seus amigos, pensou em Ashley e no quanto estaria se divertindo com seus pais que eram sempre tão engraçados, pensou também em Audrey White e no que estaria fazendo naquele momento. Era incrível como ele se sentia todas as vezes que pensava na garota, seu peito arrepiava e suas mãos suavam frias, se ele se concentrasse um pouco mais era capaz de sentir o doce perfume da garota invadir suas narinas como se ela estivesse bem ali ao seu lado.
-Johnny? A voz ecoou pelo quarto abafado.
-Ah, é você... – disse ele direcionando o olhar para a porta.
-Vista-se, temos visitas! – Elouise parecia entusiasmada e não se preocupou em esperar pelo irmão antes de descer.

Logo em seguida o garoto descia as escadas com o mínimo de vontade possível, procurando coragem suficiente para conseguir chegar ate á cozinha de onde vinha todo o barulho.

-Que cara é essa, menino, nem parece feliz por voltar a Hogwarts, na minha época não tinha um bruxo que conseguisse esconder o sorriso mesmo antes de embarcar no velho expresso... – contava Tio Henrique sentado na ponta da mesa com um enorme pedaço de bolo na mão, do outro lado o mordomo Claus e Elouise davam altas gargalhadas como se a presença do tio ali fosse a coisa mais divertida do mundo.

Não demorou muito para o garoto recuperar seu ânimo, depois de várias histórias sobre o Kansas e como tio Henrique se livrou de uma infestação de Gnomos em seu jardim no mês passado. Eis que veio finalmente o motivo pelo qual tio Henrique tenha aparecido apenas três dias antes do embarque dos jovens sobrinhos: Material Escolar.

-Material Escolar? Perguntou os dois surpresos. Mas Claus já tivera comprado com antecedência, pensou Johnny enquanto o tio puxava dois pergaminhos e entregava a cada um dos sobrinhos.
-Terei que comprar um novo caldeirão! Exclamou Elouise olhando por cima da sua lista.
-Minha lista está incompleta – acrescentou Johnny – falta o livro de porções...
-Creio que as Listas estão corretas, as duas – acrescentou por fim tio Henrique – e vamos rápido, á essa altura os melhores artigos devem estar acabando.
- E como vamos, o senhor mesmo vai dirigir o carro trouxa? Perguntou Elouise.
-Iremos andando, Minha querida, Londres é bonita demais para apreciarmos pela janela de um carro!



Fora bastante divertido fazer compras com o tio naquela manhã. Alem dos materiais Johnny comprou um livro sobre táticas de defesa e uso da varinha, parecia ser um bom complemento para seus N.I.E.s. Depois de tomar um lanche eles retornaram para O Caldeirão Furado, Johnny com os materiais e Elouise tropeçando com um enorme caldeirão de cobre que tio Henrique lhe orientara a comprar, “o quinto ano é o mais proveitoso” dizia ele todas as vezes que ia auxiliar a menina com algum material. Logo estavam em casa novamente.
Johnny subiu ao seu quarto e jogando os novos materiais no chão tratou de começar a ler seu novo livro, ou era isso que iria fazer antes de notar, em cima da escrivaninha, um pedaço de pergaminho com minúsculas letrinhas, era um bilhete, sem destinatário, sem remetente.

“Eu sei onde seus pais estão...”


COMENTÁRIOS SOBRE ESSA POSTAGEM:


BELLATRIIX!
muito boa a fic Johnny~ .3.
 
Então... Você gosta de mim....
 
Lido pela 395986735 vez em 07/09/13
 

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